O aplicativo “Celular Seguro”, uma iniciativa do governo federal para combater roubos de smartphones, está no centro de uma controvérsia. Lançado em 19 de dezembro, o aplicativo já registrou mais de 4,3 mil solicitações em uma semana, mas não sem contratempos. Muitos usuários, ao testarem o aplicativo, acabaram bloqueando seus telefones inadvertidamente. Relatos de dificuldades e desespero surgiram em redes sociais e lojas de aplicativos, onde pessoas como um usuário de iPhone expressaram seu desespero: “Como faz para retirar a restrição???”.
Essa problemática é exacerbada pela falta de um recurso para desbloquear o telefone. Atualmente, se um usuário recupera seu dispositivo, ele precisa entrar em contato com cada empresa parceira individualmente para reverter o bloqueio. O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, reconheceu que o sistema está em sua primeira versão e prometeu melhorias nas próximas semanas.
Internautas questionaram a facilidade em registrar uma queixa no aplicativo, sugerindo que a interface deveria confirmar a intenção do usuário antes de proceder com o bloqueio. Além disso, usuários expressaram dúvidas em fóruns como o Reclame Aqui sobre como lidar com telefones Dual SIM, que possuem dois IMEIs. Um consumidor relatou ter bloqueado inadvertidamente a linha de outra pessoa dependente de sua conta.
Em meio a esses desafios, fica claro que, embora o “Celular Seguro” seja uma iniciativa importante para a segurança dos usuários de smartphones, ainda há um longo caminho a percorrer para aperfeiçoar sua funcionalidade e usabilidade.
